No dia último dia 11, a Distrito realizou o CIO Emerging Tech Summit 2024, um evento exclusivo voltado para CIOs e líderes de tecnologia interessados nas últimas tendências e no impacto transformador da Inteligência Artificial nos negócios. Entre falas de especialistas e executivos de grandes empresas, separamos os principais highlights do evento para você que se interessa pelo assunto:
”IA WORKERS: Seu Próximo Funcionário Será uma IA”
A utilização de IA como assistente nos negócios já é uma prática adotada por diferentes empresas, entretanto, quando falamos de IA generativa é possível criar uma espécie de novo ‘funcionário’. Segundo Gustavo Araujo (Co-founder e CIO da Distrito) e Dionisio Agourakis (Co-founder e CEO da JAI), os IA Workers possuem capacidades sensoriais, podendo analisar e executar tarefas, lembrar informações e até reproduzir emoções, quando treinado para tal.
Para que os mesmos desempenhem determinadas funções como um assistente de fato, os executivos comentaram sobre a necessidade de se criar uma conta própria para os Workers em ferramentas diárias, além de fazer um bom onboarding sobre o negócio. Em meio ao assunto, Dionisio afirmou “O Worker existe apesar de você. Ele trabalha, não te ajuda a trabalhar”.
Vale dizer que essa nova forma de automatização difere significativamente dos tradicionais Robotic Process Automation (RPA), pois os IA Workers são capazes de aprender e se adaptar, enquanto o RPA é limitado a tarefas repetitivas e pré-programadas.
“The Big Wave: CIOs rompendo a fronteira de produtividade”
Outro ponto alto foi o encontro entre Igor Freitas – Sócio e Vice-Presidente de Tecnologia da Cogna, Juliano Conti – CIO e diretor de Inovação Total Express, Adriana Lika – Diretora de Dados e Inteligência Artificial da Vivo mediado pela Fernanda Sabino – Executiva de TI Komatsu,
No papo cada um trouxe sua vivência com a utilização de IA e questões como pensamento estratégico e liderança foram pautas. A Vivo atualmente possui uma área voltada para inteligência artificial com casos de uso que já mostram resultados expressivos na satisfação do cliente e nos custos do negócio. Adriana comenta que os produtos de sua área já estão sendo utilizados no B2B e no B2C e que ambos são constantemente avaliados com indicadores como performance, acurácia nas respostas e redução financeira.
A Total Express também apresentou seu case e diferente da Vivo informou que não possui uma área focada em IA, mas que todas as iniciativas foram contempladas por seu time de dados. Cerca de 20 casos de uso já foram testados e utilizando IA generativa de um grande player foi desenvolvido uma plataforma que proporcionou uma transformação no processo de roteirização com resultados expressivos no SLA, custos e questões ligadas a ESG.
Quando questionados sobre o papel do líder frente a um time de humanos e workes, Conti afirmou “A inteligência humana é muito mais que processamento de informações. A gente tá falando de um conjunto muito maior de habilidades cognitivas que passa pela intuição, criatividade, sensibilidade e principalmente, uma capacidade muito profunda de análise e entendimento do contexto e das nuances sociais, coisas que a IA está muito distante de conseguir”.
“Como CIOs podem controlar a IA: Guardrails, Segurança e Governança”
Por fim, um dos temas mais aguardados, a segurança ligada IA. Atualmente está tramitando no governo o projeto de lei (PL) 2.338/2023, que regulamenta o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial no Brasil. Seguindo os moldes do modelo europeu, o PL se propõe a criar um ambiente mais seguro, ético e inovador para o desenvolvimento de tecnologias de IA no país.
Paulo Campos – Founder e CTO Think AI e Ricardo Santana – Leader na KPMG trouxeram pontos importantes da regulamentação e da necessidades das empresas terem maior governança quanto a seus dados. Para além do risco de vazamento, afirmam sobre a importância da verificação da fonte dos dados, de quais informações podem ser compartilhas com terceiros que estão desenvolvendo a IA e o constante treinamento das ferramentas, dado que a IA tem a capacidade de sair do controle.
Para os executivos, iniciativas como definição de politica e treinamento para IA podem mudar a relação com a novidade, além disso, institucionalizar o acesso ao mesmo e capacitar o time vigente faz com que a relação seja mais produtiva e de sucesso.